ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE AVARÉ – FOTOS E HISTÓRIA
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. | ||
A ESTAÇÃO: A estação de Avaré foi inaugurada em 1896 como ponta de linha. Em 1918, a estação foi fechada para cobrança de ingressos: “por ser impossível a cobrança de ingressos em Avaré, tornou-se necessário o fechamento do edifício da estação e parte do pateo“. Nessa época, “fechar” uma estação significava cercar o ACIMA: mapa da região central de Avaré em junho de 1939, com a estação e triângulo de reversão (Acervo Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo). ABAIXO: A linha passa por Avaré, ao norte da zona urbana em 1945 (Mapa do IGCESP, Acervo Ralph Mennucci Giesbrecht). seu pátio e fazer uma entrada para controlar o acesso de pessoas a ela; no meio destas, pessoas que passavam diretamente para a plataforma e não pagavam as passagens. O fechamento resolvia, ou pelo menos melhorava muito, a situação. Em 1939, foi entregue um novo prédio para a estação. Com a retificação da linha na região de Avaré, por volta de 1960, desativou-se a estação e inaugurou-se uma nova no lado sul da cidade, para onde os trilhos foram transferidos. Mais tarde, no leito por onde passavam os trilhos, construiu-se uma avenida, mas grande parte da vila ferroviária foi conservada e está lá até hoje. A estação não está bem conservada, está parcialmente descaracterizada no lado da plataforma de embarque, e está ocupada em parte por uma academia de esportes.Fonte: www.estacoes ferroviarias.com.br |
É uma pena nosso país a malha ferroviária é insignificante,sendo que poderia contribuir para o meio ambiente barateando o custo trazendo muitos benefícios para a nação.
Dizem ser de alto custo a construção mas não existe preço quando os resultados são benéficos,a verdade é que por trás de tudo isso existe o interresse dos empressarios que só pensam neles, ao contrário daqueles de 1872.
Infelizmente tanto a ferrovia quanto suas estações estão às traças, foram sucateadas aos poucos uma vez que a economia brasileira foi fortalecida pela vinda de indústrias automobilísticas multinacionais e com ela a expansão de várias estradas para essa frota que só tem crescido num ritmo acelerado.
Diferentemente do que se tem em países de primeiro mundo onde se vende bem mais carros que aqui, lá além da conservação das tradicionais estradas de ferro, nunca parou sua expansão e modernização.
Assunto de várias promessas de campanha em época eleitoral, a verdade é que restaram poucas linhas para passageiros ativas apenas para o turismo.
Da ferrovia em Avaré só me restaram as lembranças de ficar na antiga pinguela perto de casa vendo o trem passar e as viagens ritmadas como metrônomo para Assis, Botucatu, Sorocaba e São Paulo ao som de “pão com manteiga, café com leite”, etc…